domingo, dezembro 25, 2011

Uma linda imagem encontrada por nossa colaboradora Beth Giovanni.

Que todos estejam aproveitando a essa época de reflexão, de afeto e de perspectivas positivas para o ano que está chegando.

sábado, dezembro 24, 2011

Que o Natal seja um belo dia de confraternização, alegria e amor.
Que não sejamos focados apenas nos presentes materiais, mas sim focados no amor no afeto e no carinho ao próximo.
Lembre-se que essa data celebra o nascimento de alguém que amou e ensinou a todo a amar.

Nós da Aldeia de Caridade Iemanjá e Cacique Sultão das Matas, desejamos a todos nossos leitores, amigos e irmãos um Feliz Natal.

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Umbanda de Outras Bandas

Realmente não é preciso ter tudo exatamente como no Brasil para se poder seguir com a Umbanda.
Com o tempo a gente aprende o caminho das pedras e consegue achar muitas das coisas que fazem nossa caminhada mais fácil como velas maiores e de cores mais adequadas.
Foi Preto Velho que disse que teríamos de começar do começo e que nos preparássemos para trabalhar espiritualmente, em casa mesmo, pois nós tínhamos nossas missões para serem cumpridas aqui na Terra.
Foi assim que Eli e eu começamos nossa jornada de maneira oficial, numa noite de folga, sofás e mesas afastadas pro canto da sala, algumas velas acesas num prato branco pra proteger o carpete, um copo com água e um defumador espiritual. A gente rezou, cantou e me arrisco a dizer que trabalhamos com o povo da esquerda ( Exu sempre o primeiro) se minha memória não falha.
Foi assim quase toda semana durante o inverno, período em que tínhamos mais tempo livre, alternando as linhas de trabalho. Eu falando sobre os Orixás e as Linhas de Umbanda para a Eli e minhas Entidades desenvolvendo-a como médium.
Um período de aprendizado imenso para ela e para mim também, começando a dar os primeiros passos como um dirigente espiritual.
Foi desse jeito que eu pude matar a saudade dos Guias e dos Orixás que sempre me acompanharam e que não puderam trabalhar na minha matéria por longos meses, no carpete da sala, sem muito barulho e com a bateria do detector de fumaça removida, para evitar maiores transtornos.
Saravá a Umbanda.
Thiago Sá

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Iemanjá

É conhecida como a Rainha do Mar, e é o mar a sua morada. Ela é dona do oceano e tudo que vem dele, é a Orixá da vida e da fecundidade.
Iemanjá é a Mãe da humanidade, e das coroas de todos os seres humanos independente da Mãe de cabeça de cada um.
Usa o azul claro em suas velas, roupas e objetos.
As ervas de Iemanjá são alfazema, guiné, avenca e erva de Santa Luzia. 
A ela são servidos pratos de peixe, frutas, manjar, mel, milho branco, creme de arroz, tudo enfeitado com  crisântemos brancos, jasmins e outras flores brancas em geral.
Iemanjá é conhecida pela sua natureza maternal, dedicada, calma e amorosa, gosta de que as coisas sejam feitas da melhor maneira possível que é quase sempre a sua maneira.
Suas cantigas cantam que Iemanjá é a rainha do mar, que é a sereia dos cabelos longos que canta na beira da praia, que mora nas ondas do mar.

Mãe d’água rainha sereia das ondas do mar,
Mãe d’água seu canto é bonito quando vem do mar.
Iê Iemanjá, Iê Iemanjá,
rainha das ondas sereia do mar.   (bis)
Como é lindo o canto de Iemanjá, faz até o pescador chorar,
quem escuta a Mãe d’água cantar, vai com ela pro fundo do mar, Iemanjá
vai com ela pro fundo do mar.

Sua associação à sereia é totalmente latina, pois a sereia é uma lenda ou personagem criada nas Américas como uma moradora do mar, assim Iemanjá também é a sereia, símbolo da beleza e da sedução. Iemanjá é ligada a várias personagens da cultura brasileira, além da sereia também é chamada de Janaína, outra moradora do mar.
Ela recebe pedidos de saúde, abertura de caminhos e principalmente misericórdia, pedidos que são feitos como súplicas, para sanar aflições da vida. Somente Iemanjá para resolver pedidos feitos principalmente por mães sofredoras. Ela é o símbolo da família, da união matriarcal, do lar.
Nas suas giras incorporam suas mensageiras ou Caboclas que podem se apresentar nas formas de sereias, deitadas ou sentadas ao chão, das leves e jovens que dançam e possuem grande beleza ou ainda das dignas e benevolentes mensageiras velhas que lentamente caminham carregando toda a força da mãe da humanidade. Como todas as Orixás, Iemanjá traz nas mãos flores que ela abençoa, suas mãos fazem o  movimento das ondas do mar que possuem a força de Iemanjá, podem também emitir pequenos sons semelhantes ao choro ou um canto. Acredita-se que quando se ganha uma flor de um Orixá incorporado, esta flor traz muita boa sorte e fluidos benéficos, portanto sendo um presente muito importante e também difícil de receber.
Quando se louva Iemanjá curva-se em respeito pela sua condição de mãe do mundo, geradora dos seres humanos.
Costuma-se saúda-la com “Adociá”, ou “Odo Iya” que significa “Mãe do rio”, mas não que se considere Iemanjá como oriunda do rio, mas o rio representando o início de tudo, já que é a água doce que gera a vida. Já o significado de seu nome, resolve toda a confusão. Iemanjá significa “Mãe cujos filhos são peixes”.
É comemorada no dia 08 de dezembro, pois é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição e festejada em grande festa no litoral de São Paulo e do Brasil onde milhares de devotos festejam-na nas ondas do mar.

Iemanjá é a Orixá mais popular do país, inclusive dentre todos os Orixás no Brasil. É dona de uma imensidão de casas de norte a sul.

Arquétipo de seus Filhos

Os filhos de Iemanjá são voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes; tem o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justos, mas formais; põem a prova às amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuir a vaidade de Oxum, gostam do luxo das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Tem tendências a vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem tal fausto.

Fator: gerador
Positivo: são alegres, leais, fiéis generosas, trabalhadoras, muito diligentes em tudo o que fazem e são muito ativas.
Negativo: são respondonas, irritantes, intolerantes, briguentas e despeitosas.
Apreciam: a vida doméstica o trabalho produtivo, o respeito, a fidelidade, a religiosidade firme, o estudo, vestes sóbrias e elegantes, companhia de homens firmes nas decisões e natureza forte.
Obs.: típicas matronas, robustas, vigorosas, impulsivas e autoritárias.


* Trecho retirado do livro “Orixás” de Pierre Verger, 1996.