domingo, junho 24, 2012

Xangô

O Rei da Umbanda, Senhor do fogo e do trovão, Orixá da Justiça, Xangô, Kaô!






Todos os anos os filhos e amigos da Aldeia de Caridade se reunem e preparam uma festa grande com muito amor e dedicação para celebrar o Orixá das Montanhas.



A casa toda enfeitada recebe Xangô, Iansã e nossos queridos Baianos trazendo muito Axé à todos os presentes.




segunda-feira, junho 18, 2012

Aprendendo Sempre

COMO NASCE UM TERREIRO DE UMBANDA


Para explicar melhor este tema, vou contar uma breve história fictícia, mas que ocorre em muitas ocasiões.

Geralmente , o adepto de hoje da Umbanda é aquela pessoa que depois de passar por médicos, curandeiros, pastores, padres, adivinhos, gurus e outros tantos, encontra alguém que lhe sussurra ao ouvido:

- Eu conheço uma Mãe de Santo que vai resolver a sua vida.

Pacientemente, ele vai, com muita desconfiança, ao terreiro e ao chegar, encontra várias pessoas vestidas de branco e quase pensa que foi levado a um hospital, pois está diante de enfermeiros.

Passado um pouco, ele ouve os atabaques soarem e tem “inicio” uma cantoria”, totalmente desconhecida para ele.

Depois de ouvir alguns cânticos, algumas pessoas vestidas de branco se ajoelham, batem no peito e soltam um grito longo e estridente; outras se abaixam como tivessem muita idade.

Nesse momento, ele está muito confuso e pensa que foi parar num manicômio. Sente uma vontade enorme de se ir embora, mas alguém o chama e resolve entrar.

Alguém lhe diz:

- Venha falar com o Preto Velho.

-Com quem? Pergunta ele, sem entender nada do que se passa á sua volta.

- Com o “Pai João”, - esclarece a pessoa vestida de branco.

Ele olha para a frente, e para os lados do terreiro, e fala:

Não vejo nenhum Preto Velho, - nem vai ver, responde a pessoa de branco – ele está incorporado na “Mãe Laurentina”, o chefe do terreiro.

- Venha, ele está á sua espera.

Ele, então, ajoelha-se à sua frente, em um banquinho de madeira, e leva logo com uma baforada de cachimbo na cara. Não consegue entender nada do que fala a entidade, pois é um tal “mi zi fio” e “mi zi fio” para cá e para lá, e nada......não entende nada mesmo. Finalmente, um Cambono percebe o embaraço em que se encontra e, traduz tudo aquilo que o Preto Velho falou.

Após alguma conversa com a entidade, ele fica a saber que é médium e que necessita de se vestir de branco para começar a trabalhar no terreiro. Se ele for uma pessoa vaidosa, vai pensar:

“Que bom, sou médium”. Mas se é uma pessoa humilde, pensa: “E agora? O que é que eu faço com isto?”

Mais tarde, o cambono explica-lhe que, ao começar a trabalhar no terreiro, a sua vida irá melhorar gradualmente.

Como ele já passou por vários lugares e nada mais tem a perder, concorda com a idéia e, na semana seguinte, já começam os seus trabalho de Desenvolvimento Mediúnico.

Após algum tempo de trabalho espiritual, tal como cambonear as Entidades, e desenvolvendo a sua mediunidade, ele sente a sua vida mais equilibrada e quando menos espera ajoelha-se, bate no peito e grita. Ocorre nesse momento, a sua primeira incorporação. Passa o tempo e ele servindo de “cavalo” às suas entidades, começa a aprender o porquê da ritualística, e começa a entender melhor a Doutrina Umbandista.

Num tempo inesperado, realiza o grande ritual do Bori e assenta as suas Entidades e começa a dar consultas e passes mediúnicos.Cada vez mais, as suas Entidades são procuradas pelos assistentes. Começa então o seu maior problema; os ciúmes de alguns médiuns mal preparados mental e espiritualmente.

Um dia, um desses Médiuns, chega ao pé da Mãe de Santo e diz: “Ele está a querer o teu lugar”.

A mãe de Santo determina, então muito democraticamente: “ A partir de hoje, cada médium só pode dar três consultas”. A situação torna-se cada vez mais complicada e totalmente insustentável e um dia ele pega na imagem da sua entidade e, se depara que está fora do terreiro.

Vai para casa, coloca a imagem em cima do armário do seu quarto e, se é mulher, deita-se e chora a noite inteira; se é homem, fala meia dúzia de palavrões, jura que nunca mais volta a incorporar e pensa que os seus problemas acabaram. Grande Engano: é aí que eles começam.

Alguns assistentes que se consultavam com as suas Entidades ficam preocupados com a sua ausência e começam a indagar o seu paradeiro.

Alguém chega a estas pessoas e diz: ”Olha, ele não trabalha mais aqui, mas sei aonde ele mora”. Começa então uma romaria a casa do médium e essas pessoas pedem-lhe que os ajude, pois estavam a ser consultadas pelas suas Entidades e os trabalhos ficaram pela metade. Pedem então que o médium incorpore pelo menos uma vez para terminar o trabalho que tinha sido começado.

O médium tira a imagem de cima do armário e, ali mesmo, na sala ou na cozinha, incorpora as Entidades para atender aquelas pessoas.

A procura pelo médium torna-se cada vez mais intensa e os trabalhos passam a ser realizados na garagem. Nessa altura, alguém mais preocupado diz: “Vamos abrir legalmente um terreiro antes que a polícia nos prenda”. Está funcionando mais um terreiro de umbanda com seus novos adeptos.

Quando o terreiro é bem dirigido, cresce material e espiritualmente, aumentando cada vez mais o número de médiuns, cambonos e assistentes. Se o terreiro não é bem dirigido, dará origem a novos médiuns descontentes, que possivelmente, originarão outros terreiros.

Esse é um dos motivos do crescimento da Umbanda, muitas vezes de forma desordenada, muitas vezes sem a devida preparação de seus dirigentes.

E sem entender nada, a sua missão estava realmente a começar......!

Texto extraído do livro"Iniciação á Umbanda" de Ronaldo Antonio Linares, Diamantino Fernandes Trindade e Wagner Veneziani costa - Editora Madras

terça-feira, junho 05, 2012

Hoje é dia de festa: Santa Sara e o Povo Cigano

Todos os anos a Aldeia celebra Santa Sara Kali e o povo Cigano com uma grande festa, normalmente realizada fora do templo e organizada pelos filhos e seguidores da casa, em agradecimento por todas as graças e bençãos recebidas no último ano.
Como sempre a festa foi muito bonita e o ambiente transbordava alegria e a energia leve e mística típica dos ciganos e ciganas.
Flores, comidas, música e uma bela fogueira completaram a grande festa dos nossos queridos andarilhos do mundo.
Salve Santa Sara! Salve os Ciganos! Opcha!!


O altar de Santa Sara Kali

Os ciganos e ciganas chegando para a festa.

A fogueira foi apreciada pelos ciganos e ciganas.

E todos dançavam lindamente.



domingo, junho 03, 2012

Umbanda, eu curto!

Os Mentores/Guias não adivinham nosso futuro, não nos mandam fazer A ou B. Sua função é nos orientar, aquietar e até mesmo estimular para que tenhamos uma vida plena, saudável e cheia de realizações. E isso tudo depende, em grande medida, de nós mesmos.

Por Daniel Marques
Editor – Umbanda, eu curto!

Essência Cigana

Grupos de Ciganos e suas danças:

Os Ciganos Espanhóis (Kalons) tem sua dança típica, a Rumba Gitema que é semelhante ao Flamenco onde predomina o uso de saias longas com muitos babados.
Os Ciganos Húngaros usam em suas danças um pandeiro com fitas coloridas.
Na Rússia, os Ciganos dançam agitando seus lenços que cobrem o quadril ou usam como xale.
No Oriente, a característica marcante está no movimento do quadril, que revela força, graça e sensualidade.
Na Iuguslávia, o Kôlo, uma dança folclórica usa movimento dos pés e mãos sincronizados.
As ares mais usadas na vestimenta cigana são o vermelho que significa a vida e espanta o mau olhado. O dourado que significa a prosperidade, e o estampado que representa a união com a natureza. As ciganas só usam branco no primeiro dia aos dias que compõesm o casamento e o preto pode estar presente nas roupas sem nenhuma interdição.

Oráculos
Os ciganos fazem uso de seus oráculos adivinhadores comunhando das forças da natureza. Ar, Fogo, Terra e Água.

Os Ciganos são muito conhecidos pelos seus oráculos adivinhatórios, não só a cartomancia e a quiromancia (leitura das mãos), mais uma dezena de outros oráculos, como a bola de cristal, teimancia (leitura através da borra do chá), cafeomancia (leitura através da borra do café), dadomancia (oráculo dos dados), hidromancia (leitura através da água em um copo), entre outros.
O uso das ervas é muito grande dentro da cultura cigana, e essas Entidades tem sempre uma receita, encantamento ou simpatia para receitar, usam muitas flores, frutas, folhas em geral e muitos incensos.

No Brasil são encontrados seis diferentes clãs (grupos) de ciganos: Lavora, Kalon, Hoharano (Roharanó), Kalderash, Matchuaija e Tchurari. Os Ciganos também fazem uso de incensos que são utilizadas sempre com algum propósito não apenas para perfumar o ambiente.