domingo, novembro 17, 2013

A Fé

A Fé é um processo que vem sendo determinado e medido inclusive pela ciência através de experiências feitas em inúmeros países. A fé e o poder da oração feita com fé já foram testados em casos de saúde e demonstraram sua efetividade. A fé, no entanto, não pode se confundir com ansiedade. Muitos dizem ter fé, mas na verdade estão ansiosos, desejosos, torcem para que aquilo que desejam ocorra, mas não com fé, com desejo, vontade, etc.

Quantos, na demora no atendimento à sua vontade, emitem conceitos negativos (do tipo, somente eu não consigo, acontece somente comigo, como sou infeliz, etc.) Que vão para o espaço, e retornam à mesma pessoa, seja pela emissão de vibrações negativas. Tudo isso acontece pela falta de fé, confundida com a ansiedade que tem na busca de solução para seus problemas pessoais.

A fé não é crer em Deus. É saber que Ele existe e está presente em nossa vida todo o tempo. Deus não se afasta de nós, nós é que nos afastamos dEle, através da desarmonia de ações, de energia e de valores. Aquele que realmente tem fé treme e balança, mas não cai: “filho de umbanda balança, mas não cai”. Essa frase de um ponto histórico, conhecido por, provavelmente, todos os terreiros existentes no Brasil, dá uma demonstração do que significa a fé para um umbandista. Mesmo nas horas mais difíceis da vida ele se vale de suas entidades e, sobretudo, de deus (olorum, zambi, obatalá, tupã) e quando percebe já ultrapassou aqueles momentos que considerava impossíveis de superar. Essa é a fé que diferencia e que resguarda dos malefícios do mundo.

Por Pai Solano de Oxalá.
 
*Fonte: Religião Umbanda

quinta-feira, novembro 07, 2013

Cambone: o pilar da Umbanda

 
Falar dos irmãos e irmãs cambones é um privilégio e um imenso prazer. Ainda que muitas vezes eles passem despercebidos aos consulentes e assistência durante um trabalho, são os cambones os grandes responsáveis pelo bom andamento de um trabalho. Pois é, são de fato, a viga mestre do trabalho.

Cambone ascendendo cachimbo para o Vovô.


Cambones (ou cambonos e cambonas) são os médiuns preparados e consagrados ao trabalho de auxiliar e servir aos Mentores e Guias durante os trabalhos. São preparados para a doutrinação de espíritos menos esclarecidos, são treinados para terem uma concentração excepcional para o auxílio na firmeza do ritual.
Quando chega uma entidade em terra que não fala a língua portuguesa, somente o cambone preparado poderá entender o que a entidade está falando. Não quer dizer que o cambone vai saber falar várias línguas desconhecidas e até desaparecidas no tempo. O que ocorre é que o cambone cria uma ligação espiritual com a entidade em questão, onde a mesma conversa ocorre telepaticamente.
Somente os cambones preparados têm a outorga de auxiliar as entidades magísticas, manipulando e contribuindo na realização de magias ou manipulação de elementos diversos. Seu corpo espiritual, assim como o médium incorporante, recebe uma preparação especial antes de seu reencarne para que possa ter estrutura e aguentar os entrechoques do astral.
Faço toda esta exaltação porque estou cansado de ver irmãos cambones
questionarem sua condição, e pecam ao dizer: “Meu trabalho é dispensável, só
sirvo! Qualquer um pode fazer isto (…)”; bem, esta não é a verdade. Caso contrário realmente seria uma baderna se qualquer pessoa pudesse servir aos Mentores.  Como exemplo, um médico faria uma cirurgia sem as enfermeiras? O que seria de um empresário sem uma eficiente secretária? Ou como seria do câmera man sem o caboman? Entendem? Por menor que pareça a participação do protagonista, é tão fundamental quanto a presença do ator principal.
Saibam que uma entidade quando incorporada, traz consigo vários espíritos que lhe auxiliam durante os trabalhos, os quais podemos chamar de cambones
espirituais. Se não fossem eles, seria uma loucura e impossível uma entidade
trabalhar. Já pensou? Um caboclo precisa de uma energia tal, aí ele desincorpora e vai buscar; aí, volta e incorpora, e assim por diante. Imaginem!
Loucura, não!?!
Pois é, senhores e senhoras cambones, conscientizem-se de que são muito importantes num trabalho espiritual, e isto não é demagogia, mas saibam que como os médiuns incorporantes vocês devem ser preparados e buscarem sempre o maior esclarecimento e estudos acerca da espiritualidade.
São vocês médiuns auxiliares, que doam energias o tempo todo, ainda que não percebam. Um trabalho de Umbanda é formado pelo médium, cambone e a entidade espiritual, o triângulo de um trabalho.
Recebam meu sincero abraço fraterno, todos os cambones que militam nesta seara do amor e fé!
Salve a Umbanda!  Saravá
 
*Fonte: Umbanda, eu curto!
Autor: Rodrigo Queiroz