sábado, junho 29, 2013

Quotidiano Umbandista - Louvar e Festejar



Muitos preparativos movimentavam o terreiro há alguns dias. Estava próxima a data da festa do Orixá do Templo, Xangô, e todos os filhos vinham trazendo ingredientes e alimentos que seriam preparados para a grande festa.

Seriam feitos pratos prediletos de Xangô, muitos quiabos, camarões secos, inhames pilados, acarajés e carne de carneiro. Na véspera da festa tudo já estava no Templo sendo organizado pelas filhas da casa chefiadas pela Sacerdotisa. Nessa mesma noite o carneiro foi sacrificado, Exu recebeu sua parte antes de tudo e Xangô todo o resto. O animal foi para a cozinha ser limpo, retirar toda a barrigada, o couro, a cabeça, e as partes do carneiro foram destinadas a cada tipo de comida.

Na manhã seguinte a cozinha do Templo já estava movimentada, todas ajudando e tendo o que fazer. O trabalho não era pouco, algumas picavam, lavavam, outras cozinhavam e todas cantavam para Xangô, falavam de como tudo ficaria bonito e gostoso. Dentro do Templo o trabalho dos homens era de enfeitar a casa para a festa, com folhagens e flores das cores amarela e vermelha.

Todos estavam cansados, mas ninguém desanimava, tudo era feito com amor.

No fim da tarde deu-se início a festa, foram toques em homenagem ao dono do Templo, o responsável pela prosperidade da casa e de seus filhos. Todos estavam muito emocionados e com Xangô em terra todas as suas comidas foram trazidas e postas a sua frente para que ele as abençoasse. Estava tudo do jeito que ele gosta, comidas de seu gosto, muita beleza e fartura.

Ao fim do toque, os filhos, a Sacerdotisa e a assistência puderam comer do “ajeum” abençoado por Xangô e por todos os outros Orixás que estiveram ali, invisíveis para nós, mas partilhando com Xangô de seus presentes culinários e da demonstração de fé de seus filhos.

Enquanto todos comiam e se deliciavam com os quitutes do Rei da Umbanda e comentavam o sucesso da festa, a alegria de mais uma celebração realizada, de como o Templo estava bonito e de como estavam todos muito cansados, porém muito satisfeitos Xangô estava ali no Congá, sentado numa pedra em sua pedreira observando com satisfação todos os seus filhos comendo de sua comida, comendo com ele, mostrando o verdadeiro papel das festas de Orixá, reunir a família do Axé, louvar as Divindades, oferecer comidas e presentes a elas e partilhar de suas energias benéficas através do alimento abençoado.

Orixás felizes, filhos felizes e a casa próspera. Nada mais a pedir.
Meu Axé a todos. Salve Xangô! Salve a Umbanda!
 
 
O Jornal Tambor foi uma das publicações direcionadas à religiões afro-descendentes mais importantes no início dos anos 2000. Criado e idealizado pela Yalorixá Sandra Epega o jornal sempre pregou pelo diálogo inter-religioso, cultura de paz e sempre deu espaço para todos as tradições religiosas.
Nosso irmão e colaborador do blog, Thiago Sá foi colunista do jornal por quase três anos e sua coluna, Quotidiano Umbandista descrevia situações corriqueiras ao dia a dia dos templos umbandistas. Sempre descritas como ficção.
O blog Aldeia do Sultão acha pertinente trazer de volta alguns do textos publicados ao invés de deixa-los guardados num arquivo de computador ou numa gaveta.

quarta-feira, junho 19, 2013

A culpa é sempre do outro.


Quando o outro não faz... É preguiçoso.
Quando você não faz... Está muito ocupado.
Quando o outro fala... É intrigante.
Quando você fala... É crítica construtiva.
Quando o outro se decide a favor de um ponto... É "cabeça dura".
Quando você o faz... Está sendo firme.
Quando o outro não cumprimenta... É mascarado.
Quando você passa sem cumprimentar... É apenas distração.
Quando o outro fala de si mesmo... É egoísta.
Quando você fala... É porque precisa desabafar.
Quando o outro se esforça para ser agradável... Tem segundas intenções .
Quando você age assim... Está sendo gentil.
Quando o outro encara os dois lados do problema... Está sendo fraco.
Quando você o faz... Está sendo compreensivo.
Quando o outra faz alguma coisa sem ordem... Está se excedendo.
Quando você o faz... É iniciativa.
Quando o outro progride... Teve oportunidade.
Quando você progride... É fruto de muito trabalho.
Quando o outro luta por seus direitos... É teimoso.
Quando você o faz... É prova de caráter.
Quando você manda compartilha este texto...É porque gosta dos amigos.
Quando o outro o faz... É desocupado.

Quando pensar em julgar o outro, olhe primeiro para dentro de você.
Em muitos julgamentos mesquinhos, julgamos a nós mesmos na figura do outro.

                                                                                                    
                                                                                                               Autor desconhecido.



segunda-feira, junho 10, 2013

Mortes coletivas segundo o Espiritismo.

Essas ocorrências, chamadas catastróficas, que ocorrem em grupos de pessoas, em família inteira, em toda uma cidade ou até em uma nação, não são determinismo de Deus, por ter infringido Suas Leis, o que tornaria assim, em fatalismo. Não. Na realidade são determinismos assumidos na espiritualidade, pelos próprios Espíritos, antes de reencarnar, com o propósito de resgatar velhos débitos e conquistar uma maior ascensão espiritual. O Espírito André Luiz, no livro Ação e Reação, afirma esses fatos: “nós mesmos é que criamos o carma e este gera o determinismo”.

São ações praticadas no pretérito longínquo, muito graves, e por várias encarnações vamos adiando a expiação necessária e imprescindível para retirada dessa carga do Espírito, com o fim de galgar vôos mais altos. Assim, chega o momento para muitos, por não haver mais condições de protelar tal decisão, e terão que colocar a termo a etapa final da redenção pretendida perante as Leis Divinas. Dessa complexidade de fatos é que geram as chamadas “mortes coletivas”.

Os Espíritos Superiores possuem todo conhecimento prévio desses fatos supervenientes, tendo em vista as próprias determinações assumidas pelos Espíritos emaranhados na teia de suas construções infelizes, aí, providenciam equipes de socorros altamente treinadas para a assistência a esses Espíritos que darão entrada no plano espiritual. Mesmo que o desencarne coletivo ocorra identicamente para todos, a situação dos traumas e do despertar dependerá, individualmente, da evolução de cada um. Estes fatos, mais uma vez André Luiz confirma: “se os desastres são os mesmos para todos, a “morte” é diferente para cada um”.

domingo, junho 02, 2013

Umbanda, eu curto!

Os Baianos nos ensinam, nos animam. Seu magnetismo nos estimula a não estagnar diante dos problemas, a não reclamar, mas sim agradecer pela vida e ir em frente. Confiança em si, no Divino e na nossa própria capacidade de resolver nossos problemas são também características dos Baianos e Baianas da Umbanda.

Por Alexandre Negrini Turina
Editor – Umbanda, eu curto!