sexta-feira, abril 26, 2013

Umbanda, eu curto!

O Ponto Cantado na Umbanda é uma representação da irradiação dos Guias e Orixás durante um trabalho. A força dos atabaques e das vozes humanas preenchem as Giras, geram vibração positiva e fundamentam a prática religiosa com vigor e brasilidade.

Salve os Ogãs! Salve a Curimba!

Por Alexandre Negrini Turina
Editor – Umbanda, eu curto!

quarta-feira, abril 24, 2013

Sobre Ogum na Umbanda.



Primeiro precisamos entender que quando falamos dos Oguns que baixam nos Templos de Umbanda rodando suas espadas no ar, não são o próprio Orixá Ogum, pois o Orixá não baixa na Umbanda, muito menos são Caboclos de Ogum, os caboclos de Ogum são índios que fazem cruzamento com este Orixá.
O Povo de Ogum que baixa nos terreiros são espíritos de homens que fora ligados ao militarismo de alguma forma, estes espíritos por afinidades astrológicas e energéticas trabalham nessa linha são Guerreiros Romanos, Gregos, Espartanos, Mouros, Gauleses, Bárbaros,Hititas, Egípcios, Malês, Sarracenos, Templários, Britânicos, Chefes Indígenas, Bedúinos,Persas, Macedônios, Chineses, Samurais, Babilônicos, enfim vários países e territórios.
Vamos a explicações:

Ogum Matinata: Veste Vermelho apenas, é a linha mais pura de Ogum, sando chamado por Ogum Guerreiro.

Ogum Beira-Mar: Veste Vermelho e Azul Claro, ligado as praias de Iemanjá, conhecido como o Sentinela de Maria.

Ogum de Lei (Ogum Delê): Ligado a Xangô usa Vermelho e dourado, cor de sua armadura trás uma balança nas mãos ligado a execução da justiça.

Ogum Yara: Ligado a Ibeji e Oxum, usa vermelho e Azul escuro trabalha nas nascentes dos rios.

Ogum Malê ou Malei: Ogum ligado a Oxalá,patrono das entidades do Oriente e de Cura, cuida de todos espíritos dos médicos astrais, usa Vermelho e Branco, não usa acapacete.

Ogum Megê: Serventia de Obaluae, regula os Exus, trabalha muitas vezes dentro da Calunguinha, veste Preto, Vermelho e Amarelo, usa bandeira e lança como arma,alguns usam espadas, sempre respresentado montado num cavalo branco.

Ogum Rompe-Mato: Ligado a Oxossí, cuida das entradas das matas e florestas, usa Verde escuro e Vermelho, uma espada de São Jorge na mão, alguns usam fitas na cabeça.

Ogum Sete-Espadas: Ligado a energia pura de Ogum, vibra com Ogum Matinata, usa uma espada na mão e outras seis cruzadas na capa, Usa vermelho e prata.

Ogum Sete-Ondas: Vibra com Ogum Beira-Mar, trabalha nas ondas do mar,ligado a Iemanjá usa Azul Royal e Vermelho, se veste com capacete de conchas.

Ogum das Pedreiras: Guarda as pedreiras de Xangô de armadura dourada e penas marrons, vibra com Ogum de Lei quase não se desloca grande executor não aceita ordens.

Ogum Caiçara: Vibra com Ogum Yara, usa Vermelho e Azul bebê, se desloca pelo templo cuida do fundo da foz dos Rios.

Ogum do Oriente: Vibra com Ogum Malê, coms ligações arábes traz um turbante, vibra com as cores vemelho, branco e dourado.

Ogum de Ronda: Trabalha com Ogum Megê trabalha nas entradas da Calunguinha, corre sua ronda a Meia-Noite.Usa Preto, Vermelho e Verde. Trás cruz de Malta no peito.

Ogum das Matas: Usa Verde e Branco são espíritos Indigênas, usam espadas e bradam muito.

Ogum Sete-Lanças: Ligado a Ogum Matinata e Sete-Espadas usa vermelho apenas, roda cruzando o terreiro.

Ogum Sete-Mares: Ligado a Ogum Beira-Mar e Ogum Sete-Ondas, cuida dos Mares usa azul bem escuro e vermelho.

Ogum de Ouro: Trabalha com Ogum de Lei e Ogum das Pedreiras, Usa Vermelho e Amarelo. Vibra com Iansã.

Ogum Menino: Vem com Ogum Yara e Ogum Caiçara trabalha nos lajeados e barrado de corais. Usa Vermelho e Azul.

Ogum da Lua: vibra com Ogum Malê e Ogum do Oriente, trabalha nas vibrações lunares, nos campos abertos do Humaitá. Usa Vermelho e branco.

Ogum Xoroquê: Trabalha com Ogum Megê e Ogum de Ronda vibra muito com Exu, ligado a obaluae tbm, é o Ogum mais negativo. Usa Preto, Vermelho e Branco.

Ogum dos Rios: Trabalha com Ogum Rompe-Mato e Ogum das Matas usa verde Agua e vermelho apesar do nome trabalha nas Pontes.

Além desses ainda existem outros Oguns: Ogum Naruê (Trabalha na calunguinha), Ogum da Estrada (Trabalha na estrada), Ogum Rompe Folha (Trabalha na Mata) Ogum Bandeira (Trabalha no Humaitá), Ogum Gererê (Ligado a Xangô).

Que Oxalá nos abençoe sempre

segunda-feira, abril 08, 2013

Quotidiano Umbandista - O Limite da Caridade


                Chega mais um dia de trabalho espiritual, os médiuns vão chegando e se arrumando, assim como a Mãe-de-Santo que já tem tudo pronto, todos tomam seus lugares e dá-se início a gira.

            Os Orixás chegam dançando, e dançando vão embora. Os Caboclos chegam dando seus gritos característicos, logo dão início a prática da caridade.

            Da assistência sai uma senhora, é sua primeira vez na casa, direciona-se ao Caboclo e conta o que lhe aflige, o Caboclo lhe receita um descarrego e ela logo se dispõe a fazê-lo. A senhora espera o fim da sessão e vai falar com a Mãe-de-Santo, que lhe indica o dia e horário para que o descarrego seja feito.

            No dia combinado e no horário também, a Mãe-de-Santo, um Cambone e um filho da casa aguardam por vinte minutos até a chegada da senhora que inclusive reclama do local onde parou o carro.

            O descarrego é preparado, usa-se vela, pólvora, pemba, todos ingredientes do próprio terreiro, a senhora nada trouxe, tudo é feito conforme determinou o Caboclo, encerrado tudo a senhora diz “Até logo” e sai, é daquelas que não vai mais voltar, não agradeceu, não pagou e nem mesmo irá lembrar do rosto do Caboclo que lhe ajudou quando seu martírio passar.

            “— O papel a mim confiado pelos Orixás foi feito, o dela, ela ainda irá descobrir”. Diz a Mãe-de-Santo vendo o espanto de seus médiuns perante a situação.

            Meu Axé a todos, Salve a Umbanda!                                        17 / 06 / 2002
 
 
O Jornal Tambor foi uma das publicações direcionadas à religiões afro-descendentes mais importantes no início dos anos 2000. Criado e idealizado pela Yalorixá Sandra Epega o jornal sempre pregou pelo diálogo inter-religioso, cultura de paz e sempre deu espaço para todos as tradições religiosas.
Nosso irmão e colaborador do blog, Thiago Sá foi colunista do jornal por quase três anos e sua coluna, Quotidiano Umbandista descrevia situações corriqueiras ao dia a dia dos templos umbandistas. Sempre descritas como ficção.
O blog Aldeia do Sultão acha pertinente trazer de volta alguns do textos publicados ao invés de deixa-los guardados num arquivo de computador ou numa gaveta.