Se tem uma
coisa de que ele se orgulha, é de ser umbandista. Não no sentido da vaidade, mas
por fazer parte de uma religião tão bela quanto às outras, tão especial quanto
às outras e tão difamada como poucas.
Tem respeito
por toda e qualquer doutrina religiosa, mas a Umbanda em todos os sentidos é
sua religião durante as 24 horas do dia.
Luta por ela no
que for preciso, não obriga ninguém a aceita-la, mas a defende e pede respeito.
Nunca, em todos
esses anos pensou em se afastar do convívio dos Guias e Orixás, como se isso
fosse possível, já que eles estão conosco desde nosso nascimento.
Sua fé não é
incondicional, pois a fé não deve ser cega, sua fé é respeitosa e compreensiva,
sabe distinguir desejo de merecimento, favor de caridade.
Em todos esses
anos conviveu com as diferentes mentalidades daqueles que buscaram a Umbanda.
Um número tão grande de pessoas que vieram em busca de soluções imediatas, de
socorro e de ajuda espiritual que conseguiram e nunca mais voltaram. Outros
tantos que entraram na Umbanda como quem entra num clube a fim de diversão e
não suportaram por muito tempo.
E tantos outros
trazidos pelos Orixás que abriram seus corações e hoje são os umbandistas
sérios como ele que levam a Umbanda sempre para o caminho da evolução.
Esses são
poucos, mas seus trabalhos perduram e mesmo que o plantio seja delicado e
demorado, quando começam a dar frutos não param mais. São pessoas que se
permitiram ter a vida tocada pela Umbanda e hoje tocam a Umbanda com a própria
vida.
Ele nunca cometeu loucuras pelos
Orixás, tem discernimento para entender que Orixá não pede sacrifícios humanos,
mas sim disposição e entusiasmo para se conseguir o que lhe foi pedido.
Ele entende que
como médium ele não é nada mais do que um instrumento usado pelas Entidades,
não consegue se ver como um ser especial dotado de poderes como um super herói.
Como poderia ser um fenômeno se existem milhares de médiuns como lê?
Desde o início
aceitou sua missão e entendeu que ele, médium, não é nada até que empreste sua
consciência e seu corpo a um Guia ou Orixá e aí se torne menos do que o nada,
afinal quem passa a agir é a divindade.
Sempre louvou
Orixá, reverenciou as Entidades e com o Axé recebido em troca sempre prosperou.
Por mais que pensem que prosperar é ganhar muito dinheiro, ter bens materiais,
família e futilidades ele teve sempre saúde para viver, força para buscar e felicidade
para compartilhar.
E para todos
diz: “- Sou feliz, realizado e umbandista.”
Meu Axé a todos. Salve a Umbanda!
O Jornal Tambor foi uma das publicações direcionadas à religiões afro-descendentes mais importantes no início dos anos 2000. Criado e idealizado pela Yalorixá Sandra Epega o jornal sempre pregou pelo diálogo inter-religioso, cultura de paz e sempre deu espaço para todos as tradições religiosas.
Nosso irmão e colaborador do blog, Thiago Sá foi colunista do jornal por quase três anos e sua coluna, Quotidiano Umbandista descrevia situações corriqueiras ao dia a dia dos templos umbandistas. Sempre descritas como ficção.
O blog Aldeia do Sultão acha pertinente trazer de volta alguns do textos publicados ao invés de deixa-los guardados num arquivo de computador ou numa gaveta.
O Jornal Tambor foi uma das publicações direcionadas à religiões afro-descendentes mais importantes no início dos anos 2000. Criado e idealizado pela Yalorixá Sandra Epega o jornal sempre pregou pelo diálogo inter-religioso, cultura de paz e sempre deu espaço para todos as tradições religiosas.
Nosso irmão e colaborador do blog, Thiago Sá foi colunista do jornal por quase três anos e sua coluna, Quotidiano Umbandista descrevia situações corriqueiras ao dia a dia dos templos umbandistas. Sempre descritas como ficção.
O blog Aldeia do Sultão acha pertinente trazer de volta alguns do textos publicados ao invés de deixa-los guardados num arquivo de computador ou numa gaveta.
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