segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Mediunidade Umbandista - Ultima parte

Acreditamos que conseguimos levantar um pouco do denso véu que recai e transforma a mediunidade em algo misterioso e ao mesmo tempo difícil de lidar.
 
Devemos estar sempre alertas, para o fato que tanto nós como as entidades espirituais convivem e somos conseqüência da nossa pluralidade de existências. E que também estamos sob a vigência da Lei Maior chamada EVOLUÇÃO. Por conta disso, nada, mas nada mesmo pode ficar estático, impenetrável, insolúvel, misterioso e incognoscível (que não se pode conhecer) no Universo. Impenetrável, insolúvel e incognoscível, somente Deus.
Respeitemos, pois, a mediunidade alheia.
Não sejamos críticos daquilo que não podemos garantir em nós mesmos.
Não menosprezemos o trabalho alheio, para mais tarde não sermos nós os menosprezados.
Por maior que seja a nossa certeza e fidelidade (inconsciência) mediúnica, lembremos que amanhã podemos nos deparar com uma situação completamente nova que não consigamos catalisar direito.
Para isso é que existe uma máxima que diz: médiuns desenvolventes somos todos, para sempre.
Divaldo Franco, o grande orador espírita, um dia deixou de estudar o tema escolhido para ele ministrar uma palestra, por que tinha certeza, que nessa hora um espírito se aproximaria dele e lhe inspiraria. Chegado o momento, chamado ao púlpito, com centenas de pessoas à frente, Divaldo se desesperou. Nada de espírito algum se manifestar, e como ele não tinha estudado, nem dele mesmo conseguiria proferir algo sobre o tema em questão. Quando seu silêncio estava se tornando constrangedor, sua instrutora espiritual Joanna de Angelis lhe apareceu e chamou a sua atenção. Aquela seria a última vez que Divaldo seria ajudado por um espírito se ele não estudasse os temas das palestras antes de efetuá-la. Além de proporcionar o seu aprendizado individual, estudar os temas permite a Divaldo, criar um arquivo em seu psiquismo para facilitar a comunicação do espírito instrutor e na formação da concatenação das idéias a serem transmitidas.
 
Diante de fatos como esses, eu prefiro que meus conhecimentos sejam como já foram tachados, originados de livros e internet, pelo menos eu estudei e pesquisei bastante; que eu seja um médium que não está com nada e que cometa gafes e ratas no exercício da minha mediunidade, eu prefiro estar em constante desenvolvimento e aprimoramento mediúnico, ou como já disse Raul Seixas, "Eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante".
Agradeço a todas as entidades que escolheram trabalhar com este médium (falho e cheio de defeitos), com certeza, elas sim, acreditam na minha capacidade e estão satisfeitos com os resultados que alcançam.
Em resposta a todas as críticas a minha mediunidade, digo apenas o seguinte: os cães ladram e a caravana passa.
 
                                                  *Fonte: Espiritualidade e Umbanda, por Caio de Omolu

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